Adicção, A.A., N.A., Doze Passos, Reflexões, Literatura, Clínica, Comunidade, Espiritualidade

TEMAS SOBRE ALCOÓLICOS E NARCOTICOS ANONIMOS, DOZE PASSOS, REFLEXOES, CLINICAS, COMUNIDADES, ESPIRITUALIDADE. ESPERO COM ESSAS MATERIAS, ESTAR COLABORANDO COM ALGUEM, EM ALGUM LUGAR, EM ALGUM MOMENTO DE SUA VIDA !

quinta-feira, 21 de março de 2024

recuperação x recaída

 Muita gente pensa que a recuperação é apenas uma questão de não usar drogas. Consideram a recaída um sinal de fracasso completo, e os longos períodos de abstinência, um sucesso total. 

O programa de recuperação, classifica essa ideia demasiada simplista.  Depois de um membro ter tido algum envolvimento com a irmandade, uma recaída pode ser uma experiência impressionante e provocar uma aplicação mais rigorosa do programa.  Da mesma forma, alguns membros se mantêm abstinentes durante longos períodos, mas a desonestidade e autoengano os impedem de desfrutar completamente a recuperação e a aceitação na sociedade. A melhor base para o crescimento, no entanto, ainda é a completa e contínua abstinência, o trabalho conjunto e a identificação com outros adictos nas reuniões. 
Embora todos os adictos sejam basicamente do mesmo tipo, o grau da doença e o ritmo da recuperação diferem de indivíduo para indivíduo. Às vezes, uma recaída pode estabelecer a base para uma completa liberdade. Outras vezes, só é possível alcançar essa liberdade através de uma vontade inflexível e obstinada de ficar limpo, aconteça o que acontecer, até passar a crise. Um adicto que, por qualquer meio, consegue superar, pelo menos por um tempo, a necessidade ou o desejo de usar, tem livre escolha sobre seus pensamentos impulsivos e ações compulsivas, atingiu um ponto que pode ser decisivo para a sua recuperação. Às vezes, esse é o ponto crítico da sensação da verdadeira independência e liberdade. A possibilidade de sairmos do programa e de voltarmos a controlar nossas próprias vidas é algo que nos atrai, mas parece que sabemos que o que temos hoje são resultados da fé num Poder Superior e o fato de darmos e recebermos ajuda por empatia.  Muitas vezes, em nossa recuperação, os velhos fantasmas ainda nos perseguem. A vida pode voltar a ser monótona, aborrecida, e sem sentido. Podemos nos cansar fisicamente de repetir nossas novas ideias, e podemos nos cansar fisicamente com nossas novas atividades, mas sabemos que, se não as repetirmos, certamente voltaremos aos nossos velhos hábitos. Se não usarmos o que temos, provavelmente, perderemos. Frequentemente, essas ocasiões são os períodos de maior crescimento para nós. Nossas mentes e corpos parecem cansados de tudo. Mesmo assim, as forças dinâmicas da verdadeira mudança, bem dentro de nós, podem estar agindo para nos dar as respostas que alteram nossas motivações internas e mudam nossas vidas. A nossa mente é a recuperação através da vivência dos doze passos, não a mera abstinência física. Nosso crescimento exige esforço e, como não há maneira de se incutir uma ideia nova numa mente fechada, tem que haver uma abertura. Como só nós mesmos podemos fazer isso, precisamos reconhecer dois dos nossos inimigos inerentes: a apatia e a procrastinação. Nossa resistência à mudança parece arraigada, e somente uma explosão nuclear provocará alguma mudança, ou iniciará um novo curso de ação. Se sobrevivermos a ela, a recaída poderá representar o detonador do processo de demolição. Uma recaída ou, às vezes, a morte de algum conhecido íntimo pode nos despertar a necessidade de uma vigorosa ação pessoal. Tem-se visto adictos chegarem à irmandade, experimentarem o programa e manterem-se limpos durante um período de tempo. Com o tempo, alguns adictos perderam o contato com outros adictos em recuperação e acabaram voltando à adicção ativa. Esqueceram que é realmente a primeira droga que inicia o ciclo mortal novamente. Tentaram controlar, usar com moderação, ou usar apenas certas drogas. Nenhum destes métodos de controle funciona para adictos. A recaída é uma realidade. Pode acontecer e realmente acontece. A experiência demonstra que, quem não trabalha o programa de recuperação, diariamente, pode recair. Vimos eles voltarem em busca de recuperação. Talvez tivessem estado limpos, durante anos, antes de recaírem. Se tiveram sorte o bastante de conseguirem voltar, estarão muito abalados. Eles nos dizem que a recaída foi mais horrível do que o uso anterior. Nunca vimos uma pessoa que vive o programa, recair. As recaídas são frequentemente fatais. Já fomos a enterros de pessoas queridas que morreram de uma recaída. Morreram de várias maneiras. Muitas vezes, vemos pessoas recaídas, perdidas, durante anos, vivendo na miséria. Aqueles que acabam em prisões ou instituições podem sobreviver e, talvez, sejam reapresentados ao grupo. Em nossas vidas diárias, estamos sujeitos a quedas emocionais e espirituais, que nos tornam indefesos contra a recaída física com o uso de drogas. Por ser a adicção uma doença incurável, adictos estão sujeitos a recaídas. Nunca fomos forçados a recair. É nos dado uma escolha. A recaída nunca é acidental. A recaída é sinal de que temos reservas para com nosso programa. Começamos a negligenciar o programa e deixar brechas em nossas vidas diárias. Sem perceber as ciladas à nossa frente, tropeçamos cegamente na crença de que podemos conseguir por nós mesmos. Mais cedo ou mais tarde, caímos na ilusão de que as drogas tornam a vida mais fácil. Acreditamos que as drogas, tornaram mais fácil a vida. Acreditamos que as drogas podem nos modificar, e esquecemos que estas mudanças são mortais. Quando acreditamos que as drogas resolverão nossos problemas e esquecemos o que elas podem fazer contra nós, estamos realmente em apuros. Se as ilusões de que podemos continuar a usar ou parar de usar sozinhos não forem estilhaçadas, estaremos certamente assinando a nossa própria sentença de morte. Por alguma razão, o descuido de nossos afazeres pessoais diminui a nossa autoestima e estabelece um padrão que se repete em todas as áreas das nossas vidas. Se começarmos a evitar as nossas novas responsabilidades, faltando a reuniões, negligenciando o trabalho do décimo-segundo passo, ou não nos envolvendo, nosso programa para. Coisas deste tipo nos levam à recaída. Possivelmente, sentimos uma mudança acontecendo em nós. Nossa capacidade de manter a mente aberta desaparece. É possível que fiquemos com raiva ou ressentimentos com tudo e com todos. Possivelmente, começamos a respeitar as pessoas mais chegadas. Nós nos isolamos. Cansamos de nós mesmos em pouco tempo. Voltamos aos padrões de comportamento mais doentios, mesmo sem ter que usar drogas. Quando um ressentimento ou qualquer outra reviravolta emocional ocorre, a falta da prática dos doze passos pode resultar numa recaída. O comportamento obsessivo é um denominador comum para pessoas adictas. Não gostamos de estar errados, mas precisamos lembrar-nos de onde viemos e que a nossa doença ficará progressivamente pior, se usarmos. É aí que precisamos da irmandade. Esquecemos que hoje temos uma escolha. E ficamos mais doentes. Focalizamos qualquer coisa que não está indo de nossa maneira e ignoramos toda a beleza em nossas vidas. Sem nenhum real desejo de melhorar as nossas vidas, ou até mesmo de viver, apenas nos afundamos cada vez mais e mais. Alguns de nós nunca conseguiu voltar. Às vezes vemos o nosso comportamento passado como parte de nós mesmos, e como parte de nossa doença. Damos novamente o primeiro passo, as coisas melhoram e pensamos que não precisamos realmente deste programa. A petulância é um sinal vermelho. A solidão e a paranoia voltarão.  As coisas pioram. Damos o primeiro passo de verdade, desta vez interiormente. Haverá momentos, no entanto, em que sentiremos realmente vontade de usar. Precisamos lembrar-nos de onde viemos e que, desta vez, será pior. Quando esquecemos o esforço e o trabalho que tivemos para conseguir um período de liberdade em nossas vidas, logo vem a falta de gratidão, a autodestruição começa novamente. Se não agimos logo, corremos o risco da recaída. Mantendo nossa Ilusão da realidade, em vez de usar as ferramentas do programa, retornaremos ao isolamento. A solidão nos matará por dentro e as drogas, que quase sempre vem em seguida, podem completar o processo. Os sintomas e sentimentos que vivemos no final do uso voltarão mais fortes do que antes. A recaída pode ser a força destrutiva que nos mata, ou a que nos leva a perceber quem e o que realmente somos. Para nós, usar é morrer em todos os sentidos.  Relacionamentos pode ser uma área terrivelmente dolorosa. Colocarmos expectativas em nós e nos outros. Fantasiamos e projetamos o que acontecerá. Ficamos com raiva se aquilo que planejamos não der certo, embora às vezes não passem de meras fantasias. Os velhos pensamentos e sentimentos de solidão, desespero, desamparo, etc. Podemos trabalhar estes sentimentos negativos, escrevendo sobre o que queremos, o que estamos pedindo, o que conseguimos, e partilhando como nosso padrinho ou outra pessoa de confiança.  Quando deixamos os outros compartilharem conosco a sua experiência, conseguimos ter esperança de que vai melhorar. Frequentando reuniões diariamente, vivendo um dia de cada vez e lendo literatura, parece que nossa atitude mental se encaminha para o positivo de novo.  A boa vontade de tentar o que funcionou para os outros é vital. Mesmo quando sentimos que não queremos frequentar reuniões, elas são uma fonte de força e esperança para nós. É importante partilhar nossos sentimentos quando temos vontade de usar. É importante lembrar que o desejo de usar passará. Não temos que usar nunca mais, independente de como nos sentimos. Todos os sentimentos acabarão passando. A progressão da doença é um processo constante, mesmo durante a abstinência. O esforço para receber ajuda é o começo de uma luta que nos libertará. Boas ideias e boas intenções não ajudam se não as colocarmos em ação. Temos que demolir os muros que nos aprisionam. A partilha honesta nos libertará para a recuperação. Somos gratos por ser bem recebidos nas reuniões. Descobrimos que o sentimento de ajudar aos outros motiva a fazer o melhor de nossas vidas. Descobrimos que dor partilhada é dor diminuída. A recuperação tem de vir de dentro, e ninguém se mantém limpo para ninguém, a não ser para si próprio.  Na nossa doença, estamos lidando com um poder violento, destrutivo e maior do que nós, que pode levar a recaída. Se tivermos recaído, é importante mantermos em mente que temos de voltar às reuniões rapidamente. É questão de tempo para que nossa traiçoeira doença, nos leve a um ponto sem retorno. Assim que usamos, estamos sob o domínio da nossa doença. Muitos de nós ficamos limpos num ambiente protegido, tal como um centro de reabilitação ou clínica de recuperação. Quando voltamos para o mundo, nós nos sentimos perdidos, confusos e vulneráveis. Indo a reuniões, com a maior frequência possível, reduziremos o choque da mudança. As reuniões proporcionam um lugar seguro para partilhar. Temos que usar o que aprendemos, ou perdemos numa recaída.  Manutenção espiritual significa recuperação contínua. As recaídas também podem cair numa outra armadilha. Podemos duvidar que possamos parar de usar e nos mantermos limpos. Nunca conseguimos ficar limpos por nossa conta. Nós nos castigamos quando voltamos ao programa. Imaginamos que nossos companheiros não respeitarão a coragem que tivemos em voltar. Aplaudimos com toda sinceridade. Não é vergonhoso recair – a vergonha está em não voltar. Uma vez que passamos limpos por um momento difícil, ganhamos uma ferramenta de recuperação que podemos usar de novo e outra mais. Se recairmos, podemos sentir culpa e vergonha. A recaída é vergonhosa, mas não podemos livrar a cara e salvar nossa pele ao mesmo tempo. Descobrimos que é melhor voltarmos para o programa o mais rápido possível. É melhor engolirmos o nosso orgulho do que morrermos ou ficarmos insanos para sempre. Agora, sabemos que a velha máxima “uma vez adicto, sempre um adicto” é mentira e não será mais tolerada, nem pela sociedade nem pelo adicto. Nós nos recuperamos, sim! A recuperação começa com a rendição. A partir daí, cada um de nós é lembrado de que um dia limpo é um dia ganho. No grupo, as nossas atitudes, pensamentos e reações mudam. Percebemos que não somos alienígenas e começamos a compreender e aceitar quem somos. Para nós, a adicção é a obsessão de usar as drogas que estão nos destruindo, seguida de uma compulsão que nos força a continuar. Buscamos a ajuda de adictos que estão desfrutando a vida livres da obsessão de usar drogas. Podemos nos manter limpos e apreciar a vida, se nos lembrarmos de viver "só por hoje". Não precisamos compreender este programa para que ele funcione. Só temos que seguir as sugestões. 

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Rolando como uma pedra


 

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

ADMISSÃO X RENDIÇÃO: "DIFERENÇAS"

 A palavra “admitir” no primeiro passo é insuficiente, é preciso distinguir entre submissão e rendição. No primeiro caso, um indivíduo aceita a realidade consciente, mas não no subconsciente. Ele aceita como fato pratico que momentaneamente não pode derrotar a realidade, mas espera que um dia vá vencer, o que implica na falta da auto aceitação e presença de tensão. Por outro lado, quando um indivíduo se rende, a habilidade de aceitar a realidade funciona num nível inconsciente e a tensão desaparece. O importante além de admitir, é se render ao fato de que somos completamente impotentes a quaisquer substâncias que alterem o humor. Ao primeiro uso de quaisquer dessas substâncias, já somos empurrados para o fundo-do-poço. E de lá só sairemos quando nos prontificarmos a nos render total e incondicionalmente. Precisamos fazer qualquer coisa que nos livre da obsessão impiedosa.

Talvez não sejamos culpados pela nossa doença, mas certamente somos responsáveis por mantê-la estacionária.

Compilação dos 12 passos (AA + NA)

 

DOZE PASSOS COMPILADOS (AA+NA)

Passo Um. “Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis. ” 

Impotência significa nos drogarmos contra a nossa vontade. Se não conseguimos parar, como podemos nos iludir dizendo que controlamos? Quando dizemos que “não temos escolha”, mostramos a incapacidade de parar de usar. A escolha certa é não tentar justificar nosso uso. Não chegamos a Alcoólicos Anônimos cheios de amor, honestidade, boa vontade e mente aberta. Chegamos com dor física, mental, moral e espiritual. Ao nos sentirmos derrotados, estamos prontos. A adicção afeta negativamente todas as áreas de nossas vidas. É até um alívio descobrir que temos uma doença, e não uma deficiência moral. O alicerce do programa de Alcoólicos Anônimos é a admissão de questões, por nós mesmos, não temos poder sobre a adicção. Quando aceitamos isso, completamos a primeira parte do passo um. Precisamos fazer uma segunda admissão para completar nosso alicerce. Somos mestres em manipular a verdade. Dizemos de um lado: “sim, sou impotente perante minha adicção”, e por outro lado, “quando acertar minha vida, poderei lidar com as drogas”. Nunca ocorreu nos perguntar: “se não podemos controlar a adicção, como podemos controlar nossas vidas?”. Nossas vidas não se tornam controláveis por conseguirmos emprego, sermos aceitáveis socialmente e com o retorno aos familiares. Aceitação social não significa recuperação. Quando damos o melhor de nós, começamos a ver que cada dia limpo é um dia bem sucedido, não importa o que aconteça. A rendição significa que não temos mais que lutar. Aceitamos a nossa adicção e a vida como ela é. Parece assustador termos que aceitar que só sobre a admissão da completa derrota é que construiremos o alicerce nossas vidas. Quando admitimos nossa impotência e incapacidade de controlar nossas vidas, abrimos a porta para que um Poder Superior nos ajude. Não é onde estávamos que conta, mas para onde estamos indo.

Passo Dois. “Viemos a acreditar que um Poder Maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade. ” 

O primeiro passo deixou um vazio em nossas vidas. Precisamos encontrar alguma coisa para preencher esse vazio. Esse é o propósito do segundo passo. Ajudá-lo a preencher o vazio com fé e sanidade. Quando chegamos ao programa, muitos de nós percebemos que voltaram a usar inúmeras vezes, mesmo sabendo que estavam destruindo suas vidas em todos os sentidos e a caminho da morte. A insanidade mais óbvia da doença da adicção é a obsessão de usar drogas. Insanidade é repetir os mesmos erros, esperando resultados diferentes. “Por favor, me dê um ataque do coração ou um acidente fatal”. Se você acha que isso seria insano de sua parte pedir a alguém que lhe desse isso, então você não deverá ter qualquer problema com o segundo passo. Paramos de usar drogas, agora temos uma dor e um vazio; passamos a buscar um Poder maior que nós para aliviar nossa obsessão de usar. Começamos a desenvolver este relacionamento simplesmente admitindo a possibilidade de um Poder maior do que nós. A nossa compreensão de um Poder Superior fica a nosso critério. Ninguém vai decidir por nós. Pode ser o grupo, o programa ou Deus. Importa que seja amoroso e maior que nós. Não precisamos ser religiosos para aceitar essa ideia, basta ter a mente aberta para acreditar. Falamos e ouvimos os outros. Elas estão se recuperando, começamos a ver evidências de um Poder que não podia ser explicado completamente. Podemos usar este Poder muito antes de compreendê-lo. Vendo os benefícios que acontecem em nossa vida, a aceitação se transforma em confiança, e passamos a nos sentir a vontade com nossa Poder Superior como fonte de força. Assim começamos a superar nosso medo da vida. Acreditar devolve-nos à sanidade, e a força para agir positivamente vem dessa crença.

Passo Três. “Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira que o compreendíamos”. 

Como adictos várias vezes entregamos nossa Vontade, e nossas vidas a um poder destrutivo que são as drogas. Em Alcoólicos Anônimos, decidimos entregar nossas vidas e nossas vontades aos cuidados de Deus, da maneira como nós O compreendemos. Este é um passo gigantesco. Não envolve religião. Basta ter voa vontade de abrir a porta para nosso Poder Maior, que funciona para nós e nos dá aquela força para nos manter limpos. O direito a um Deus, da maneira que você compreende, é total e irrestrito, por isso precisamos ser sinceros com Ele, se quisermos crescer espiritualmente. Nossa satisfação de entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, da maneira que O compreendemos, é que fomos nós que decidimos; não foram as drogas, nossas famílias, uma autoridade, um juiz, um terapeuta ou um médico. Fomos nós que decidimos! Pela primeira vez, desde aquela primeira onda, tomamos uma decisão por nós mesmos. Decisão implica ação. Esta decisão é baseada na fé. A ação vem quando dizemos “tome minha vontade e minha vida. Oriente-me na minha recuperação. mostre-me como viver.” Nós devemos nos render à vontade de nosso Poder Superior calmamente, e deixá-lo cuidar de nós; nossos medos são diminuídos e a fé começa a crescer. Passamos a apreciar a vida limpa, sentir que não podemos parar no programa espiritual; queremos tudo que pudermos conseguir.

Passo Quatro. “Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos”. 

O propósito é arrumar a confusão e a contradição de nossas vidas. Precisamos descobrir quem realmente somos. Ficamos receosos, pois pode haver um monstro dentro de nós que, se for libertado, irá nos destruir. Fomos mestres em autoengano e racionalizações. Um inventário escrito, além de nos fazer superar estes obstáculos vai desvendar parte do nosso subconsciente. E a auto avaliação honesta é uma das chaves de nossa nova maneira de ser e viver. Escrevendo sobre o nosso passado, até o presente, descobrimos que não éramos tão maravilhosos nem tão terríveis quanto imaginávamos. O objetivo do quarto passo, não é um sofrimento emocional, é tentar nos libertar de padrões velhos e inúteis. Damos o quarto passo para ganhar força e discernimento. Estivemos nos debatendo por muito tempo, sem chegar a lugar nenhum. Começamos agora o quarto passo sentindo-nos bem pelo privilégio de podermos fazer o que nos é o melhor possível no momento e sem nenhum medo. Nosso passado era como um fantasma preso no armário. Tínhamos medo de abri-lo, pois não sabíamos o que o fantasma faria. Mas agora não estamos sozinhos. Temos o grupo, o padrinho, o Poder Superior ao nosso lado. Devemos escrever sobre tudo: experiências, culpa, vergonha, remorso, auto piedade, ressentimentos, raiva, depressão, frustrações, confusões, solidão, ansiedade, deslealdade, desesperança, fracasso, medos e negação. O que nos incomoda aqui e agora. Escrever também as coisas boas que, agora limpos, julgamos ter: ter mente aberta, consciência de Deus, honestidade, aceitação, ação positiva, partilhar, ter boa vontade, coragem, fé, carinho, gratidão, gentileza e generosidade. Examinando nossa atuação passada e nosso comportamento presente, vamos ver o que queremos manter e o que queremos descartar. O inventário torna-se um alívio, pois a dor de fazê-lo é menor do que a dor de não fazê-lo. Quando as questões cotidianas surgem, escrevemos sobre elas e através desse mecanismo, ficamos serenos, pois sabemos como resolver a vergonha, a culpa ou o ressentimento.

Passo Cinco. “Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata de nossas falhas.” 

É sugerido que admitamos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata de nossas falhas. Essa admissão deve vir dos nossos próprios lábios e não se trata de uma simples leitura do quarto passo. Seria trágico escrever tudo e depois jogar numa gaveta. Estes defeitos crescem no escuro e morrem à luz da exposição. Não precisamos nos sentir rejeitados por revelar a outro nossos segredos, os adictos de Alcoólicos Anônimos nos entendem. Devemos escolher bem a pessoa que vai nos ouvir (padrinho); temos que ter a certeza de sua integridade e confiança em sua discrição. Não esconda nada sobre seu passado, pois assim a vergonha será superada, e podemos evitar culpa futura. À medida que partilhamos este passo, o padrinho também partilha um pouco da sua história. Descobrimos que não somos os únicos. Através da aceitação do nosso confidente, que podemos ser aceitos como somos. Onde antes tínhamos teorias espirituais, começamos a gora a despertar para a realidade espiritual.

Passo Seis. “Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse estes defeitos de caráter.” 

O que nós batalhamos no passo seis é a boa vontade. Abrir um pouco a mão dos defeitos de caráter deve ser fruto de uma decisão. Até agora era mais cômodo nos apegarmos aos medos, aversões, dúvidas, auto aversão, ódio, desonestidade, egoísmo, auto piedade. Agora, limpos, vemos que se não somos humildes, somos humilhados. Nossos defeitos sugam todo o nosso tempo e energia. Começamos a ansiar pela nossa libertação destes defeitos. Rezamos ou ficamos dispostos, prontos e capazes de deixar que Deus remova estes traços destrutivos. Devemos entrar em contato com os velhos defeitos com a mente aberta. Ainda conscientes deles, continuamos a cometê-los. Quando vemos a existência destes, e o aceitamos, podemos abrir mão dos defeitos ou maus hábitos, e continuar nossa vida. Aprendemos que estávamos crescendo, quando cometemos novos erros, em vez de repetir os velhos. Devemos ser realistas, não alimentar fantasias. Este é um passo de boa vontade. O passo seis ajuda-nos a caminhar numa direção espiritual. Por sermos humanos, nós nos desviaremos do caminho. A rebeldia nos assalta neste ponto. Não percamos a fé quando ficarmos rebeldes. Podemos duvidar que Deus ache justo nos aliviar, ou podemos achar que algo vá dar errado. Prontificamo-nos a deixar que nossos defeitos sejam removidos. Neste momento é importante saber que gradualmente, Deus vai removê-los, é preciso de nossa parte ter fé, humildade e aceitação assim, a boa vontade se transformar em esperança. Talvez, pela primeira vez, tenhamos uma visão amadurecida de nossa vida.

Passo Sete. “Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos de caráter.” 

Os defeitos de caráter são as causas da dor e do sofrimento das nossas vidas. A humildade é o ingrediente principal do passo sete. A humildade resulta de seremos mais honestos conosco, ou seja, aceitar e tentar, honestamente, sermos quem somos. Quando na ativa, todo nosso desejo era satisfazer nossos desejos materiais. Espirituais sequer existiam. O sétimo passo é de ação, chegou a hora de pedirmos a Deus ajuda e alivio. Não podemos ficar na defensiva; quando algum companheiro nos apontar um defeito, se quisermos realmente ser livres, ouviremos atentamente. Se após isso, eles forem reais, e tivermos oportunidade de nos livrar deles, certamente experimentaremos uma sensação de bem-estar. Devemos trabalhar este passo sem reservas, na base da pura fé, pois estamos cansados do que temos feito e sentido. Se algo está funcionando para você, vá com ele até o fim. Esta é a estrada para o crescimento espiritual. Vamos mudando dia-a-dia e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão da adicção e entramos na corrente da vida. É o resultado de nossa ação e oração. Devemos sair de nós mesmos e lutar para alcançar a vontade do nosso poder superior. A humildade é essencial, pois muitas vezes, Deus se manifesta através daqueles que se importam com a recuperação, ajudando-nos a tomar conhecimento dos nossos defeitos de caráter até então desconhecidos.

Passo Oito. “Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.” 

O passo oito é o teste da nossa recém-encontrada humildade. O oitavo passo não é fácil, inicia o processo do perdão: perdoamos aos outros, possivelmente somos perdoados e, finalmente, nós nos perdoamos e aprendemos a viver no mundo. Estamos prontos para compreender que ser compreendidos. Podemos viver e deixar viver mais facilmente. Na preparação da lista de pessoas é importante definir o que seja “prejudicar”: uma definição de prejuízo é dano físico ou mental. Outra é causar dor, sofrimento ou perda. Pode ser causado por algo que seja dito, feito ou deixado de fazer. Podemos ter prejudicado com palavras ou ações, internacionais ou não. Este passo nos confronta com um problema: não admitimos que prejudicamos a outro por nos julgarmos a nós como vítimas de nossa adicção. É crucial evitar esta racionalização. Temos que separar o que fizeram conosco, com o que fizemos com os outros. Temos que admitir que prejudicamos outras pessoas. Como em todos os passos, devemos ser profundos. Portanto vamos fazer uma lista e nos dispor. Esse passo nos ajuda a criar uma consciência de que estamos, aos poucos, ganhando novas atitudes em relação a nós mesmos e no trato com as outras pessoas. Nosso futuro é modificado, porque não temos que evitar as pessoas que prejudicamos. Recebemos uma nova liberdade que pode por fim ao isolamento. O oitavo passo é de ação, de perdoar e pedir perdão e como todos os passos oferece benefícios imediatos.

Passo Nove. “Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outros. ” 

Às vezes, o orgulho, o medo e a procrastinação (deixar para depois) parecem barreiras intransponíveis, obstruem o caminho do progresso e do crescimento. O importante é partir para ação, e estarmos prontos para aceitar as reações das pessoas que prejudicamos. Devemos fazer a reparação quando surgir a oportunidade, exceto quando fazê-la possa causar mais prejuízo. Mas jamais devemos deixar de fazer as reparações, por medo, constrangimento ou procrastinação. Aprender a viver bem, é em parte, aprender, a saber, quando precisamos de ajuda. Fazemos nossa parte para resolver velhos conflitos através das reparações. Queremos desviar de mais antagonismos e de contínuos ressentimentos. Cada caso é um caso e vai exigir um extremo bom senso de nossa parte, para não agravarmos mais ainda a situação. É como pisar em ovos, mas teremos que fazê-lo. Às vezes a única reparação que podemos fazer, é nos mantermos limpos. Devemos isso a nós mesmos e as pessoas que amamos. Às vezes, a única maneira é contribuirmos para a sociedade ajudando outros adictos a se recuperarem. Muitos de nós, que estiveram separados de suas famílias, reatamos. O tempo fala por si. A paciência é importante em nossa recuperação. Para cada atitude positiva nossa, haverá uma oportunidade inesperada. Com muita coragem e fé, o resultado das reparações será muito crescimento espiritual.

Passo Dez. “Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.” 

O passo dez nos liberta dos destroços do nosso presente. Temos que continuar atentos. Em Alcoólicos Anônimos aprendemos que se usarmos, perdemos. Da mesma forma, não sentiremos tanta dor, se pudermos evitar aquilo que nos causa dor. Continuar a fazer um relatório diário, sobre nossas atitudes, sentimentos, relacionamentos é o que chamamos de “inventário relâmpago”. Somos criaturas de hábitos. Às vezes parece mais fácil continuar no velho trilho da autodestruição do que tentar uma nova rota, aparentemente perigosa. O décimo passo nos ajuda a evitar os velhos padrões e nos ajuda a corrigir nossos problemas com a vida, e evitar que se repitam. Quando durante o dia, deixamos problemas não resolvidos, eles tendem a velha insanidade. Escrevendo sobre como foi nosso dia, podemos nos perguntar: estamos sendo arrastados para os velhos padrões de raiva, ressentimento ou medo. Sentimo-nos encurralados? Estamos arranjando problemas? Estamos muito famintos? Raivosos, solitários ou cansados? Estamos nos levando muito a sério? Estamos julgando nosso interior pela aparência exterior dos outros? Estamos sofrendo de algum problema físico? As respostas a essas perguntas podem nos ajudar a lidar com as dificuldades do momento. Não precisamos mais viver com uma sensação de mal-estar, temos o grupo de Alcoólicos Anônimos para nos auxiliar. Para fazer este inventário diário, a primeira coisa que fazemos ao final do dia é parar! Depois nos damos um tempo e nos permitimos o privilégio de pensar. Examinamos nossas ações, reações e motivos. Assim reconhecemos possíveis erros antes que se agravem. Precisamos evitar racionalizações. Prontamente admitimos nossos erros, não os justificamos. Precisamos deste passo, mesmo quando nos sentimos bem e quando as coisas estão dando certo. Os sentimentos bons são coisa nova para nós, e precisamos nutri-los. Os bons momentos também podem ser uma armadilha; corremos o perigo de esquecer que a nossa primeira prioridade é nos mantermos limpos. Não justificamos mais a nossa existência. Este passo permite que sejamos nós mesmos.

Passo Onze. “Procuramos, através de prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendemos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e o poder de realizar esta vontade.” 

Nosso estado espiritual é o alicerce de uma recuperação bem sucedida, que oferece crescimento ilimitado. Nossa crença determinará a maneira como oramos ou meditamos. Só precisamos da certeza de que temos um sistema de crença que funcione para nós. Usamos este passo para melhorar e manter o nosso estado espiritual, além de melhorar a capacidade de usar nosso Poder Superior como fonte de força em nossa vida. Assim, fica bem mais fácil dizermos “seja feita a Sua vontade, não a minha”. Deus não vai nos impor a sua bondade, mas poderemos recebê-la se pedirmos. A moralidade forçada não tem o poder que vem a nós quando escolhemos uma vida espiritual. A maioria de nós reza, quando está com dor. Aprendemos que, se rezarmos com regularidade, não sentiremos dor com tanta frequência ou com tanta intensidade. A meditação permite que nos desenvolvamos espiritualmente da nossa própria maneira, livres de vínculos religiosos ou filosóficos. Algumas coisas que não funcionavam para nós no passado, poderão funcionar hoje. Temos um novo olhar a cada dia, com a mente aberta. Sabemos que se rogarmos a vontade de Deus, receberemos o que for melhor para nós, independente do que pensamos. Orar é comunicar nossas preocupações ou agradecimentos a um Poder Superior. Para alguns, oração é pedir a ajuda de Deus; meditação é escutar a resposta de Deus. Rezamos para que Deus nos mostre a Sua vontade, e para que nos ajude a realizá-la. Se rogarmos a Deus que remova quaisquer influências que nos distraiam de nossa recuperação, a qualidade de nossas preces geralmente melhora e sentimos a diferença. Através da prece, buscamos o contato consciente com nosso Deus. Na meditação, alcançamos este contato. Nos momentos tranquilos de meditação, com a mente sossegada e calma, a vontade de Deus pode tornar-se evidente para nós e nos trazer uma paz interior que nos põe em contato com o Deus dentro de nós, e nos leva ao equilíbrio emocional. A vontade de Deus para nós torna-se a nossa própria verdadeira vontade. Isto acontece de uma maneira intuitiva, que não pode ser adequadamente explicada em palavras. Começamos a sentir vontade de deixar que os outros sejam quem são sem precisarmos julgá-los. Perdemos a urgência de controlar as coisas. Sabemos que Deus nos deu tudo aquilo que precisamos para o nosso bem-estar espiritual, independente do que o dia nos trouxe. Respeitamos as crenças dos outros. Nós o encorajamos a procurar força e orientação de acordo com a sua crença. Com uma atitude de rendição e humildade, retomamos este passo, repetidamente, para recebermos a dádiva do conhecimento e da força do Deus da nossa compreensão.

Passo Doze. “tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas nossas atividades.” 

Existe um princípio espiritual de dar aquilo que nos foi dado em Alcoólicos Anônimos, para podermos mantê-lo. Ao ajudarmos os outros a se manterem limpos, desfrutamos o benefício da riqueza espiritual que encontramos. Temos de dar livremente e com gratidão o que nos foi dado livremente e com gratidão. As mudanças nos tornam mais capazes de viver segundo princípios espirituais, e de levar a nossa mensagem de recuperação e esperança, ao adicto que ainda sofre. Em Alcoólicos Anônimos um despertar espiritual, inclui o fim da solidão e um sentido de direção nas nossas vidas. Para mantermos a paz de espírito, nós nos esforçamos para viver o aqui e agora acompanhado por um crescente interesse pela recuperação dos outros. Partilhar esta nova dádiva que recebemos com os adictos que ainda sofrem, é o melhor seguro contra uma recaída na tortuosa existência do uso. É um privilégio responder a um apelo de ajuda de outro adicto em recuperação. Lembremos sempre, que já estivemos no abismo do desespero. Às vezes, o poder do exemplo é a única mensagem necessária. Evitemos dar conselhos, a mensagem simples e honesta de recuperação da adicção soa verdadeira. Mantendo-nos limpos, começamos a praticar princípios espirituais como esperança, rendição, aceitação, honestidade, mente aberta, boa vontade, fé, tolerância, paciência, humildade, amor incondicional, partilhar e interesse. Espiritualmente revigorados, estamos contentes por estarmos vivos. Sim, somos uma visão de esperança. Somos exemplos de que o programa funciona. A felicidade que temos em viver limpos é uma atração para o adicto que ainda sofre.

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

O porquê de se evitar o primeiro gole (visão científica)

 Metabolismo Anormal do Fígado

     Como já foi dito, o álcool não sofre qualquer processo digestivo. Ele é eliminado do corpo pelo processo de decomposição, realizado pelo fígado.

  Quando o álcool chega ao fígado na corrente sanguínea, uma enzima, chamada desidrogenose do álcool, retira dele uma molécula de hidrogeno, transformando-o em acetaldeído (ou aldeído acético). Depois, uma outra enzima, chamada desidrogenasse do acetaldeído retira mais uma molécula de hidrogeno, transformando-o em acetato. Este é decomposto em dióxido de carbono e água, e assim eliminado do organismo pela transpiração, pelos pulmões e pelos rins.

Como o acetaldeído é mais tóxico que o álcool, o corpo faz com que a pessoa beba mais para diminuir sua toxidez. Aí o fígado aumenta a velocidade de transformação do álcool em acetaldeído, mas não aumenta a velocidade da transformação deste em acetato, do que decorre um acúmulo de acetaldeído na corrente sanguínea e no encéfalo.

Esse acúmulo acarreta complicados processos químicos com vários efeitos, culminando com a interação do acetaldeído com a dopamina, criando uma substância chamada tetrahidroisoquinolina (THIQ), também chamada tetrahidropapaverolina (THP), responsável pela compulsão física, pelo desejo irresistível de mais e mais álcool, de quanto mais beber mais vontade de beber.

Neste ponto é que o predisposto tornou-se verdadeiramente um alcoólatra, perfeito e acabado, e para o resto da vida, porquanto esta substância não é reduzível nem eliminável pelo organismo.

Daí para frente, só resta ao alcoólatra um único poder: o de não tomar o primeiro gole, o de não deixar entrar em seu corpo uma gota sequer de álcool, porque, não existindo álcool no corpo o THIQ fica inerte, como se não existisse.

Experiências médicas comprovaram que a THIQ (ou THP) não se reduz nem se elimina. Foram injetadas determinadas quantidades em cérebros de macacos. Depois de alguns anos esses macacos foram sacrificados e encontrados em seus cérebros as mesmíssimas quantidade que haviam sido injetadas anos antes.

Quanto a ser a substância causadora da compulsão física, também existem experiências médicas que a comprovam. Para mim, a seguinte experiência é suficiente.

Em uma gaiola colocaram dois pires: um com água pura e outro com água e pequena quantidade de álcool.

Algumas cepas, ou espécies, de ratos, bebiam normalmente da água pura e excepcionalmente da água com álcool. Eram os bebedores de fim de semana. Outras só bebiam de água pura. Eram os abstêmios.

Essa espécie que só bebia da água pura, se tirassem esse pires e deixassem só o de água com álcool, os ratos morriam de sede, mas não bebiam daquela com álcool.

Então, no cérebro de ratos dessa espécie injetaram o tetrahidrosoquinolina. O resultado foi que passaram a beber em quantidades excessivas até vodka pura. Bebiam até embriagar-se e sofriam os sintomas de síndrome de abstinência quanto eram privados de álcool e curtiam ressacas, igualzinho aos homens alcoólatras.

ANÁLISE COMPORTAMENTAL E SOCIAL 
Uma droga que mata, principalmente quando não tem utilidade terapêutica, é uma espécie de veneno. Quando imaginamos qualquer tipo de veneno, sempre pensamos em algo nocivo do qual devemos nos afastar, ou na melhor das hipóteses, nos proteger.

O álcool possui essas propriedades. É uma droga sem utilidade terapêutica, capaz de provocar a morte, portanto poderia ser encarada como um veneno, no entanto, isso não acontece, pelo contrário, nem como droga é considerado por muitos. A que se deve tamanha deturpação dos fatos?

O álcool tem um valor social inquestionável, é considerado o “lubrificante” das relações sociais, produto sempre encontrado na grande maioria dos encontros lúdicos, festivos ou profissionais. Tem o papel de diminuir nossa inibição natural, facilitando as relações interpessoais, favorecendo aproximações de negócios, românticas, sentimentais ou simplesmente de adequação ao meio ambiente circunstancial. Além disso cumpre um papel econômico importante pois, sendo um produto de uso das massas, gera o interesse de diversas indústrias, que usando os nossos ídolos nacionais através dos diversos meios de comunicação, popularizam indiscriminadamente a droga, atingindo até mesmo as crianças; mesmo que os impostos coletados na sua comercialização cubram apenas uma fração das despesas com hospitais gerais e psiquiátricos e jamais consigam compensar o sofrimento humano causado a cada família de um desses bebedores sociais, que sutil e progressivamente transformara-se em alcoólicos.

É nesse ponto, que a dependência é instalada, que o álcool, o “veneno sutil” apresenta o seu paradoxo. Como qualquer outro tipo de veneno, a sua suspensão traz alívio; porém, o álcool aliou-se de tal forma ao organismo que esse não consegue mais funcionar adequadamente sem a sua presença. Quando o indivíduo deixa de ingeri-lo passa em curto espaço de tempo a apresentar um mal estar orgânico e psicológico que progride, em casos graves, a um quadro dramático conhecido por “delirium tremens”, onde se observam tremores pelo corpo todo, chegando até a convulsões tipo epilépticas, suores profusos, delírios e alucinações com insetos que lhe cercam ou invadem o corpo. Um pavor indescritível se apodera do indivíduo que tenta fugir ou se mutilar de forma agressiva, intempestiva e desorientada. O indivíduo está frente a frente com a morte.

Mas atentemos bem para o termo “retarda a morte”, pois não há salvação com o uso continuado do álcool. Simplesmente alivia esses sintomas dramáticos da abstinência enquanto continua o seu trabalho de alterar a fisiologia orgânica até chegar ao ponto do colapso inevitável.

Poderíamos então pensar que nossa preocupação deveria ficar restrita à situação acima, quando os efeitos do álcool são bastante evidentes. No entanto, nossa preocupação deve se voltar para a prevenção, para evitar que a doença se instale. Devemos entender que o álcool é uma droga letal, que cumpre um papel social entre as pessoas adultas, sadias, de forma circunstancial. Nunca transformar esse uso de circunstancial em habitual, pois assim começa a haver a transformação fisiológica do organismo. Mesmo que esse uso se restrinja a fins de semana. Uma forma de percebermos se o nosso organismo está sendo alterado pelo álcool, é procurar sentir o nosso estado de espírito quando temos oportunidade de usar o álcool e voluntariamente não o fazemos. Se isso traz desconforto psíquico (irritação, mau humor, inquietação) é um sinal de alerta que apenas a pessoa que sente pode avaliar (ou disfarçar, se ele quer aparentar normalidade, mostrando que o álcool não cumpre nenhum papel em sua vida).

Neste ponto da prevenção, a mudança corretiva dos hábitos depende exclusivamente da honestidade de cada um. O que podemos e devemos informar é sobre a estratégia que a doença usa para o domínio do corpo. Como o álcool tem uma preferência para agir em nível cerebral, onde existem bilhões de neurônios responsáveis por nossa percepção, processamento das informações recebidas e execução do comportamento desejado, ele vai alternando progressivamente a função dos diversos neurônios atingidos. Se eles individualmente passam a necessitar do álcool para executarem com mais “eficácia” suas funções, começam a interferir no processo cognitivo encontrando justificativas para o uso e negando qualquer argumento que ameace sua interrupção. Essa é a grande tática utilizada estrategicamente pelo álcool para minar nossa resistência e iniciar o processo de destruição orgânica. Portanto, a honestidade do indivíduo que usa o álcool habitualmente é fundamental para frustrar o desenvolvimento da doença. Somente ele é responsável por sua própria recuperação. a nós, que adquirimos esse conhecimento, cabe apenas o papel de atingir a consciência das pessoas na faixa de risco, confrontando suas defesas (negação, racionalização) com os prejuízos reais que começam a surgir, de forma solidária, compreensiva, sem cair no campo emocional, atacando impiedosamente com nossa razão a fragilidade de quem já se encontra doente ou no mínimo, já começou o processo.

Dominando o vício

 

O vício começa quando buscamos a coisa certa que é nosso prazer, no lugar errado.
Em todas as culturas e épocas os homens sentiram a necessidade de uma experiência estática, de alegria que transcende a realidade cotidiana.
O álcool, as drogas e o comportamento sexual perigoso são essencialmente reações materiais a uma necessidade que não possui realmente uma base física.

As pessoas procuram evitar a dor e sentir prazer. Se perdermos o contato com nossas fontes internas de alegria, se a felicidade que se origina fora de nós mesmos é a única que conhecemos, então essa é a experiência que iremos buscar em nós. Dependendo das circunstâncias, esse empreendimento pode ser positivo e proveitoso. Lamentavelmente, esse também pode se manifestar como o vício em suas múltiplas formas. Vivendo num mundo de dor e violência, uma pessoa poderá encontrar um tipo de escape que lhe proporcionará prazer. A repetição dessa escolha se transforma em necessidade e compulsão. Na vida de certas pessoas altamente emocionais, existe sempre uma experiência que passa a dominar todas as ações futuras enquanto o indivíduo se esforça para recriar a simulação externa desse momento único. Esta é a descrição do comportamento do vício. Depois de praticarmos uma ação específica, ela é permanentemente gravada no nosso ser, junto com seus componentes igualmente duradouros da memória e do desejo. Para tudo o que dizemos, falamos ou pensamos, uma tríade (ação – memória –desejo) é codificada em nossas mentes, e esse código simplesmente não pode ser apagado. Não devemos tentar “nos livrar” das memórias e desejos subjacentes ao comportamento do vício. Devemos nos concentrar em criar sentimentos novos e altamente positivos que ofusquem os impulsos destrutivos do vício e os tornem impotentes. Uma verdadeira camada de problemas mentais, físicos, espirituais e emocionais, isola o viciado do mundo exterior e de suas verdadeiras necessidades e sentimentos. A memória da perfeição interior, uma vez desperta, gera um desejo mais forte do que o vício em si. É o alerta espiritual. É possível recorrer à experiência da alegria que ainda está disponível. É preciso que se conheça a experiência do verdadeiro prazer para poder renunciar as sensações dos comportamentos de vício. E o primeiro passo em direção ao conhecimento da alegria é simplesmente conhecer a si mesmo. O bem estar mental, físico e espiritual é o mesmo que alegria.

Breve análise do 12º passo

 Pergunta: Qual é sua visão sobre a importância do 12º passo?


Resumo de várias respostas:

No 12º passo, o prazer de viver é o tema e a ação sua palavra chave. Devemos nos doar aos que ainda sofrem, sem pedir nada em troca, pois aquilo que recebemos de graça, também o devemos dar de graça.
O despertar espiritual é diferente para cada pessoa, mas existem coisas em comum entre si. A pessoa se torna capaz de fazer, sentir e acreditar em coisas como antes não podia. É uma nova maneira de se e um novo estado de consciência. A vida não é mais um beco sem saída, nem algo a ser suportado ou dominado. Agora há um grau de honestidade, tolerância, dedicação, paz de espírito e amor, dos quais se supunha totalmente incapaz.
Nos grupos de auto ajuda, até o último dos recém-chegados descobre recompensas nunca sonhadas quando procura ajudar seu irmão. Isto de fato, é dar, nada pedindo em troca. Não se espera de seu companheiro qualquer paga ou mesmo amor. E então, descobre que, pelo paradoxo divino contido nessa maneira de dar, já recebeu a sua própria recompensa, não importando se seu irmão foi ajudado ou não.
Contemplar os olhos dos homens e mulheres se abrirem maravilhados à medida que passam da treva para a luz, suas vidas se tornando rapidamente cheias de propósito e sentido, famílias inteiras se reintegrando, o alcoólico marginalizado sendo recebido alegremente em sua comunidade como cidadão respeitável, e acima de tudo, ver estas pessoas despertadas para a presença de um amantíssimo em suas vidas são fatos que constituem a essência do bem que nos invade, quando levamos a mensagem dos grupos ao irmão sofredor.
Descobrimos que somos capazes de suportar nossos reveses e que os maiores desafios nos vêm dos pequenos e crônicos problemas da vida. Nossa resposta está em aumentar nosso desenvolvimento espiritual. E, ao crescermos espiritualmente, içamos sabendo que as velhas atitudes precisam sofrer drástica revisão. A satisfação de nossos instintos não pode ser o objeto exclusivo, a única finalidade da vida. Se pusermos os instintos em primeiro lugar, estaremos colocando a carroça diante dos bois e seremos arrastados para a desilusão. Ao contrário, se nos dispusermos a elevar ao primeiro plano o nosso crescimento espiritual, então, e apenas então, teremos chance.
Querendo ter e fazer as coisas à nossa maneira, fomos lançados em situações intratáveis com outras pessoas. Ou a dominávamos ou dependíamos delas, e isso invariavelmente as levava a nos repelir ou abandonar por completo. A adicção para nós representou a solidão, apesar de que estivéramos cercados por pessoas que nos amavam. E quando a nossa prepotência havia espantando a todos e nosso isolamento se tornara total, fomos bancar os importantes em botequins de quinta categoria e, então sozinhos, perambular sem rumo pelas ruas. Para aqueles de nós que eram assim, os grupos tiveram um sentido muito especial. Através dele começamos aprendendo a manter boas relações com as pessoas que nos compreendem; não há mais necessidade de ficarmos sós.
Já não nos esforçamos mais para dominar ou controlar os que nos cercam com o sentido de tornarmos importantes. Não mais perseguimos a fama e a gloria a fim de sermos elogiados. Quando, devido aos bons serviços que prestamos a parentes, amigos, patrões e à comunidade, atraímos a simpatia geral e, às vezes, somos escolhidos para funções de maior responsabilidade e confiança, tentamos ser humilde nos agradecimentos e nos esforçamos mais ainda com o ânimo de amar e servir. A liderança autêntica é aquela que tem por base o exemplo construtivo e não as efêmeras exibições de poder e glória.

Nos Grupos Mantenha sempre acesa a chama

 ""Um homem que frequentava regularmente reuniões com seus amigos, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades.

Depois de algumas semanas, uma noite muito fria, um integrante do grupo decidiu visitá-lo.

Encontrou o homem em casa sozinho sentado em frente a uma lareira onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.

Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas vindas e o convidou a sentar-se junto a lareira.

A seguir fez-se um grande silêncio.

Os dois homens só contemplavam a dança das chamas em torno dos troncos de lenha que crepitavam na lareira.

Após alguns minutos o visitante sem dizer palavra alguma, examinou as brasas que se formavam e selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, retirando-a de um lado do braseiro com um alicate.

Voltou então a sentar-se.

O anfitrião prestava atenção e, em pouco tempo, a chama da brasa solitária diminuiu, até que só houvesse um brilho momentâneo e o fogo apagou 

De repente,

em pouco tempo, o que era uma amostra de luz e de calor, não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão.

Poucas palavras tinham sido ditas desde a saudação.

O visitante antes de se preparar para sair, pegou o alicate e retornou o carvão frio e inútil, colocando-o de novo no meio do fogo.

De imediato, a brasa voltou a acender-se, alimentada pela luz e calor dos carvões ardentes em seu redor . . .

. . . e  o anfitrião disse-lhe: ′′ Obrigado pela sua visita e pela sua bela lição. Vou voltar para o grupo ".

Por que os grupos estão extintos?

Muito simples: porque cada membro que se afasta tira fogo e o calor dos outros.

Aos membros de um grupo vale lembrar que eles fazem parte da chama.

É bom lembrar que todos somos responsáveis por manter acesa a chama de cada um e devemos promover a união entre todos para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.

Não importa se às vezes nos incomoda com tantas mensagens que chegam no chat, o que importa é estarmos conectados, em silêncio alguns, outros muito ativos, com diferenças de opinião e caracteres.

Os amigos que aqui estamos reunidos é para conhecer, aprender, trocar ideias, ou simplesmente saber que não estamos sozinhos, que há um grupo de Amigos e Familiares com quem podemos contar.

Vamos manter a chama viva.

Mesmo que alguns se afastem esporadicamente, é bom saber que mantêm sua chama acesa!

Isto vale também para aqueles com os quais nos relacionamos no dia a dia através de contato pessoal sem que faça parte de um grupo, mas que estejamos sempre nos comunicando e mantendo a chama acesa.

Sendo assim, OBRIGADO

você por fazer parte da minha fogueira!!!

Um exemplo para a mútua ajuda nos grupos

 Os gansos  são um exemplo de mútua ajuda

VOO EM 'V' 
MÚTUA AJUDA








Ah...!
Se entre Amigos fôssemos gansos...!!!
NA PRÓXIMA TEMPORADA, QUANDO VIRES OS GANSOS MIGRAR,
DIRIGINDO-SE PARA UM LUGAR MAIS QUENTE PARA PASSAR O INVERNO, REPARA QUE VOAM EM FORMA DE  'V'.
TALVEZ TE INTERESSE SABER POR QUE ELES O FAZEM ASSIM.
AO VOAR EM FORMAÇÃO DE 'V'......O BANDO INTEIRO AUMENTA
EM 71% O ALCANCE DO VOO COM RELAÇÃO AO DE UM PÁSSARO
VOANDO SOZINHO.

LIÇÃO 1:
COMPARTILHAR DA MESMA DIREÇÃO E SENTIDO DO GRUPO
PERMITE CHEGAR MAIS RÁPIDO E FACILMENTE AO DESTINO,
PORQUE, AJUDANDO-NOS UNS AOS OUTROS, OS RESULTADOS
SÃO MELHORES.
QUANDO UM GANSO SAI DA FORMAÇÃO...
SENTE A RESISTÊNCIA DO AR E A DIFICULDADE DE VOAR SOZINHO.
ENTÃO, RAPIDAMENTE, RETORNA À FORMAÇÃO, PARA APROVEITAR O PODER DA ELEVAÇÃO DOS QUE ESTÃO À SUA FRENTE.

LIÇÃO 2:
PERMANECENDO EM SINTONIA E UNIDOS JUNTO ÀQUELES QUE SE DIRIGEM CONOSCO NA MESMA DIREÇÃO, O ESFORÇO SERÁ MENOR.
SERÁ MAIS FÁCIL E AGRADÁVEL ALCANÇAR AS METAS.
ESTAREMOS DISPOSTOS A ACEITAR E OFERECER AJUDA.
QUANDO O GANSO LÍDER SE CANSA... SE MUDA PARA O FINAL DA FORMAÇÃO. ENQUANTO OUTRO ASSUME A DIANTEIRA.

LIÇÃO 3:
  1. COMPARTILHAR A LIDERANÇA.;
  2. RESPEITAR-NOS MUTUAMENTE O TEMPO TODO;
  3. DIVIDIR OS PROBLEMAS E AS SITUAÇÕES MAIS DIFÍCEIS;
  4. REUNIR HABILIDADES E CAPACIDADES;
  5. COMBINAR DONS, TALENTOS E RECURSOS.

OS GANSOS, VOANDO EM FORMAÇÃO, GRASNAM PARA DAR CORAGEM E ALENTO AOS QUE VÃO NA FRENTE, PARA QUE ASSIM MANTENHAM A VELOCIDADE.

LIÇÃO 4:
QUANDO HÁ CORAGEM E ALENTO, O PROGRESSO É MAIOR.
UMA PALAVRA DE ÂNIMO A SEU TEMPO MOTIVA, AJUDA, DÁ FORMAS,
PRODUZ O MELHOR DOS BENEFÍCIOS .
QUANDO UM GANSO ADOECE, FICA FERIDO OU ESTÁ CANSADO... E DEVE SAIR DA FORMAÇÃO OUTROS SAEM DA FORMAÇÃO E O ACOMPANHAM PARA AJUDA-LO E PROTEGE-LO.
PERMANECEM COM ELE ATÉ QUE MORRA OU SEJA CAPAZ DE VOAR
NOVAMENTE; E , ENTÃO, ALCANÇAM SEU BANDO, OU SE INTEGRAM
EM OUTRA FORMAÇÃO.

 LIÇÃO 5:
ESTEJAMOS UNIDOS UM AO LADO DO OUTRO, APESAR DAS DIFERENÇAS. 
SE NOS MANTIVERMOS UM AO LADO DO OUTRO, APOIANDO-NOS E UNIDOS; SE TORNARMOS REALIDADE O ESPÍRITO DE EQUIPE; SE, APESAR DAS DIFERENÇAS, PUDERMOS FORMAR UM GRUPO HUMANO PARA ENFRENTAR TODO TIPO DE SITUAÇÕES; SE ENTENDERMOS O VERDADEIRO VALOR DA AMIZADE ; SE TIVERMOS CONSCIÊNCIA DO
SENTIMENTO DE PARTILHA, MAIS SIMPLES E MAIS PRAZEROSO, SERÁ O  VOO DOS ANOS !
AMIGOS E COMPANHEIROS...
SEJAMOS UNIDOS ASSIM COMO OS GANSOS!!!

OS 12 PASSOS COM LEITURA BÍBLICA

 

1º Passo: 1º Passo = Admitimos que éramos impotentes perante nossos hábitos, vícios e emoções, que tínhamo tínhamos  perdido o domínio sobre nossas vidas.


ROMAN
ROMANOS 7, 15/25 – GÁLATAS 5,17 – ISAÍAS 64, 4.

Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado”   Romanos 7:15-25

 “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” Gálatas 5:17

 “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera” Isaías 64:4

 

     


2º Passo: 2º Passo = Viemos acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos a sanidadesanidade


FELIPE:FE
LIPENSES 4,19 – ISAÍAS 41, 13 – SALMO 56, 2 – ISAÍAS 53, 4 e 5.

O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” Filipenses 4:19

Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, que o segura pela mão direita
e diz a você: Não tema; eu o ajudarei” Isaías 41:13

Os meus inimigos procuram devorar-me todo dia; pois são muitos os que pelejam contra mim, ó Altíssimo” Salmos 56:2

 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.

Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” Isaías 53:4,5


3º Passo: 3º Passo = Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus na forma em que que .que concebíamos 


SALMO SALMO 30, 5 e 6 – SALMO 36, 4 e 5 – SALMO – 144, 18 e 19.

“Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.
Eu dizia na minha prosperidade: Não vacilarei jamais” Salmos 30:5,6

“4 Até na sua cama planeja maldade; nada há de bom no caminho a que se entregou, e ele nunca rejeita o mal.

5 O teu amor, Senhor, chega até os céus; a tua fidelidade até as nuvens”   Salmo 36

"18. O Senhor se aproxima dos que o invocam, daqueles que o invocam com sinceridade.

19. Ele satisfará o desejo dos que o temem, ouvirá seus clamores e os salvará"
Salmos, 144 -


4º Passo: 4º Passo =  Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmo.
SALMO 

SALMO SALMO 138, 23 e 24.

 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações.

Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno” Salmos 138:23,24


5º Passo: 5º Passo = Admitimos perante Deus, perante nós mesmo e perante outro ser humano a natureza exata de exata de nossas falhas


I JOÃOI I JOÃO 1,9 – PROVÉRBIOS 28, 13 – TIAGO 5, 16.

 

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” 1 João 1:9

 “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” Provérbios 28:13

 “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz” Tiago 5:16

 

 6º Passo: Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos.

SALMO 18, 12 e 13 – TIAGO 4, 8/10.

 

“12 Com o fulgor da sua presença as nuvens se desfizeram em granizo e raios,

13 quando dos céus trovejou o Senhor, e ressoou a voz do Altíssimo”  Salmo 18

“08 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.
09 Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza.
10 Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” Tiago 4:8-10


7º Passo: 7º Passo = Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.


SALMO SALMO 50, 3/5 e 9/12 – SALMO 31, 3/7.

 

“Virá o nosso Deus, e não se calará; um fogo se irá consumindo diante dele, e haverá grande tormenta ao redor dele.
Chamará os céus lá do alto, e a terra, para julgar o seu povo.
Ajuntai-me os meus santos, aqueles que fizeram comigo uma aliança com sacrifícios”
Salmos 50:3-5

 “Da tua casa não tirarei bezerro, nem bodes dos teus currais.

Porque meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas.
Conheço todas as aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo.
Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e toda a sua plenitude”
Salmos 50:9-12

 “Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; assim, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.

Tira-me da rede que para mim esconderam, pois tu és a minha força.
Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, Senhor Deus da verdade.
Odeio aqueles que se entregam a vaidades enganosas; eu, porém, confio no Senhor.
Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias” Salmos 31:3-7


8º Passo: 8º Passo = Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos disp.disp.dispusemos a reparar os danos a elas causados.


LUCAS LUCAS 19, 8/10 – HEBREUS 12, 14 e 15.
 

“E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.
E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.
Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” Lucas 19:8-10

 “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;

Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” Hebreus 12:14,15

 

 9º Passo: Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem.

TIAGO 5. 16 – MATEUS 5, 23 e 24 – I JOÃO 4, 20.

 

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz” Tiago 5:16

 “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,

Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta” Mateus 5:23,24

 “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? ”  1 João 4:20

 

10º Passo: Continuamos fazendo o inventário pessoal, quando estávamos errados, nós o admití.a.admitimos prontamente.

SALMO SALMO 50, 3/6 – SALMO 138, 1/7 – PROVÉRBIOS 4, 23/27 – I CORÍNTIOS 10, 12.
11º Pass

Nosso Deus vem! Certamente não ficará calado! À sua frente vai um fogo devorador, e, ao seu redor, uma violenta tempestade.
Ele convoca os altos céus e a terra, para o julgamento do seu povo:
"Ajuntem os que me são fiéis, que, mediante sacrifício, fizeram aliança comigo".
E os céus proclamam a sua justiça, pois o próprio Deus é o juiz. Pausa Salmos 50:3-6

 Eu te louvarei, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores.

Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.
No dia em que eu clamei, me escutaste; e alentaste com força a minha alma.
Todos os reis da terra te louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua boca;
E cantarão os caminhos do Senhor; pois grande é a glória do Senhor.
Ainda que o Senhor é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe.
Andando eu no meio da angústia, tu me reviverás; estenderás a tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará. Salmos 138:1-7

 23 Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.

24 Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.

25 Olhe sempre para a frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você.

26 Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros.

27 Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda;afaste os seus pés da maldade.Provérbios 4

Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! 1 Coríntios 10:12  

                            11º Passo: Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus na forma em que concebíamos. Rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós, e força para realizar essa vontade.


MATEUMATEUS 6, 5/15 – I PEDRO 2, 1/3 e 5, 6/7.
 

E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.  Mateus 6:5-15

 Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;
Se é que já provastes que o Senhor é benigno;  1 Pedro 2:1-3

6 Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido.

7 Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês. 1 Pedro 5


12º Pas            12        12º Passo =  
Tendo experimentando um despertar espiritual, graças a estes passos procura .procurando transmitir esta mensagem aos toxicômanos e alcoólatras e praticar estes princípios em todas em todas as nossas atividades.


GÁLATAS 6, 2 – TIAGO 1, 22/26 – I PEDRO 1, 22/25 – MATEUS 28, 18/20

 

Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Gálatas 6:2

 E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.

Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural;
Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.
Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.
Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. Tiago 1:22-26

 Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;

Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.
Porque toda a carne é como a erva,e toda a glória do homem como a flor da erva.Secou-se a erva, e caiu a sua flor;
Mas a palavra do Senhor permanece para sempre.E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada. 1 Pedro 1:22-25

 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Mateus 28:18-20